Tenho muita pena de não ter muita disponibilidade para aqui vir contar histórias dos tempos de estudante e, claro, de membro da Irmandade das Sombras; e, quando tenho tempo, nem sempre tenho pachorra para me sentar frente ao computador e pôr-me a escrever. Como disse, tenho pena, não tanto por ter muitas coisas para contar às pessoas (pois não creio que isto seja importante ou sequer tenha algum interesse para alguém), mas mais por gostar de contar estas histórias para mim mesmo. Vá lá, talvez eu sinta satisfação por imaginar que os meus “Irmãos” vão recordar, também com um sorriso de saudade nos lábios, as histórias que aqui vou escrevendo; tal e qual, aliás, eu faço quando leio o que escreveram.
Após esta pequena introdução de hoje, passo a explicar que, se calhar, muitas coisas que eu aqui vou deixar registadas para a posteridade, não terão só a ver com a Irmandade das Sombras, ou com ela directamente; digo isto com o sentido de não serem apenas histórias que se passaram quando estavamos “em Irmandade”. Na verdade, a Tesoural Tertúlia Irmandade das Sombras, era muito mais do que uma simples tertúlia que organizava actividades, conversas ou discussões. A Irmandade era uma forma de vida que menos de uma dezena de pessoas (com as suas diferenças, claro) teve durante alguns anos da sua vida e que, de alguma maneira, transportou isso para o resto dela. Acho que será impossível para quem viveu aquilo, quem sentiu aquilo, alguma vez esquecer os outros e, pura e simplesmente, afastar-se. Daí, nos últimos momentos de estudante dos últimos Águias, se ter feito um ajuste final e termos expulso (convulsivamente) quem, de facto, nunca chegou a amar a Irmandade como eu sei que amo. E como sei que todos os Águias actuais amam.
E agora estão todos a perguntar onde é que eu quero chegar.
- Onde é que tu queres chegar?
Pois bem, vou responder: quero chegar a transmitir a informação de que muitas histórias que aqui irão aparecer poderão ter ocorrido só comigo, ou só com outros colegas Irmãos, ou só com alguns de nós, sem termos, obrigatóriamente, que estar a participar em actividades da Tertúlia. Como a Irmandade era (e é) uma forma de vida, pode-se dizer que, a todo o momento, em qualquer situação, eu (ou outro qualquer de nós) estava a ser um elemento dessa Tertúlia e a fazer a história dela.
- Ah! – exclamais vós.
Percebestes agora?
- Sim, sim! Agora sim!
Óptimo. Afinal não sois tão calhaus como pareceis! Então sabeis que isto é também um blogue de memórias de estudantes de Coimbra, mas daqueles que viveram aquela cidade e a Praxe única que se lá viveu na década de 90 do século XX e início do século XXI. Uma Praxe que, não sendo nunca igual à de outros tempos, aproximou-se (ou fez por isso) com a antiga Praxe de Coimbra.
- Sim senhor, muito importantes que sois...
Não é uma questão de ser importante. É uma questão de ter tido a coragem de viver Coimbra de uma forma diferente dos outros. Para mim Coimbra nunca foi discotecas, a Queima nunca foi festival rock... Para mim essas coisas existem em qualquer lado, mas a Praxe pura e com regras definidas, a camaradagem que se vive e a simpatia das pessoas da terra pelos “senhores doutores” só aqui existe! Não sou importante para os outros, falhei na tentativa de lhes passar um legado praxistico e um pouco desta forma de vida, de forma a que nada do que construímos desaparecesse com a nossa saída, mas a única coisa que sobreviveu foi o Coral Quecofónico do Cifrão – Tuna da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra – onde, apesar de tudo, se descobrem alguns perfeitos ignorantes de Praxe, a ponto de ter quartanistas que dizem “Dura Praxis Seo Praxis” (não me enganei a escrever, é mesmo “seo” que ele diz) e nem sequer imagina o que esta frase, bem ou mal escrita, quer dizer. Tudo passou e muito pouco ficou. O espírito dos que vieram depois nada tinha a ver com o nosso. Daí a Irmandade ter preferido “desaparecer” do mapa coimbrão a ver a sua bandeira “desbotar” com a entrada de quem não saberia merecê-la. Não sou importante para ninguém, mas a forma como vivi (vivemos) Coimbra, foi importante para mim. E por isso aqui estamos a contar as nossas histórias sem importância.
Após esta pequena introdução de hoje, passo a explicar que, se calhar, muitas coisas que eu aqui vou deixar registadas para a posteridade, não terão só a ver com a Irmandade das Sombras, ou com ela directamente; digo isto com o sentido de não serem apenas histórias que se passaram quando estavamos “em Irmandade”. Na verdade, a Tesoural Tertúlia Irmandade das Sombras, era muito mais do que uma simples tertúlia que organizava actividades, conversas ou discussões. A Irmandade era uma forma de vida que menos de uma dezena de pessoas (com as suas diferenças, claro) teve durante alguns anos da sua vida e que, de alguma maneira, transportou isso para o resto dela. Acho que será impossível para quem viveu aquilo, quem sentiu aquilo, alguma vez esquecer os outros e, pura e simplesmente, afastar-se. Daí, nos últimos momentos de estudante dos últimos Águias, se ter feito um ajuste final e termos expulso (convulsivamente) quem, de facto, nunca chegou a amar a Irmandade como eu sei que amo. E como sei que todos os Águias actuais amam.
E agora estão todos a perguntar onde é que eu quero chegar.
- Onde é que tu queres chegar?
Pois bem, vou responder: quero chegar a transmitir a informação de que muitas histórias que aqui irão aparecer poderão ter ocorrido só comigo, ou só com outros colegas Irmãos, ou só com alguns de nós, sem termos, obrigatóriamente, que estar a participar em actividades da Tertúlia. Como a Irmandade era (e é) uma forma de vida, pode-se dizer que, a todo o momento, em qualquer situação, eu (ou outro qualquer de nós) estava a ser um elemento dessa Tertúlia e a fazer a história dela.
- Ah! – exclamais vós.
Percebestes agora?
- Sim, sim! Agora sim!
Óptimo. Afinal não sois tão calhaus como pareceis! Então sabeis que isto é também um blogue de memórias de estudantes de Coimbra, mas daqueles que viveram aquela cidade e a Praxe única que se lá viveu na década de 90 do século XX e início do século XXI. Uma Praxe que, não sendo nunca igual à de outros tempos, aproximou-se (ou fez por isso) com a antiga Praxe de Coimbra.
- Sim senhor, muito importantes que sois...
Não é uma questão de ser importante. É uma questão de ter tido a coragem de viver Coimbra de uma forma diferente dos outros. Para mim Coimbra nunca foi discotecas, a Queima nunca foi festival rock... Para mim essas coisas existem em qualquer lado, mas a Praxe pura e com regras definidas, a camaradagem que se vive e a simpatia das pessoas da terra pelos “senhores doutores” só aqui existe! Não sou importante para os outros, falhei na tentativa de lhes passar um legado praxistico e um pouco desta forma de vida, de forma a que nada do que construímos desaparecesse com a nossa saída, mas a única coisa que sobreviveu foi o Coral Quecofónico do Cifrão – Tuna da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra – onde, apesar de tudo, se descobrem alguns perfeitos ignorantes de Praxe, a ponto de ter quartanistas que dizem “Dura Praxis Seo Praxis” (não me enganei a escrever, é mesmo “seo” que ele diz) e nem sequer imagina o que esta frase, bem ou mal escrita, quer dizer. Tudo passou e muito pouco ficou. O espírito dos que vieram depois nada tinha a ver com o nosso. Daí a Irmandade ter preferido “desaparecer” do mapa coimbrão a ver a sua bandeira “desbotar” com a entrada de quem não saberia merecê-la. Não sou importante para ninguém, mas a forma como vivi (vivemos) Coimbra, foi importante para mim. E por isso aqui estamos a contar as nossas histórias sem importância.
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