15 junho 2011

Histórias com gebos 2.

Aqui há tempos atrás escrevi um artigo dedicado a gebos. Ora, como gebos era o que mais pululava na FEUC, houve logo quem saísse em defesa dos da sua classe (quiçá as histórias que contei fossem até acerca de quem interveio contra a Irmandade das Sombras e contra mim pessoalmente) e o artigo foi dos mais comentados deste blogue, tendo nós tido até necessidade, a partir daí, de fazer moderação de comentários, pois um comentário de gebo… nada tem de engraçado, irónico, ou construtivo: é da baixeza do nível da sua inteligência e nós, como cavalheiros da Praxe que somos, não gostamos desse tipo de baixeza num blogue de referência como este.
Mas foi tal o sucesso e havia tantas histórias para contar sobre grandes gebos que conhecemos na FEUC, que aqui vou deixar mais algumas registadas.
Havia lá na FEUC, nos anos 90 e princípio dos anos 2000, um cidadão bronzeado e de cabelo encaracolado, natural e nacional de Moçambique, que não primava pela inteligência. Ora esse amigo era de um curso onde a matemática era pouca e os trabalhos e apresentações de aulas eram muitos e estava um dia a apresentar uma aula sobre um assunto que desconheço; acontece que, nessa altura, ainda os computadores portáteis eram raros e caríssimos e ainda os cachopos não faziam birra por um telemóvel novo, mais bonito ou topo de gama, e o mesmo acontecia com os PC, que eram quase todos de secretária e não se podiam levar para as aulas, e o que de mais moderno havia na altura para fazer uma apresentação mais bonita e mostrar que havia ali muito trabalho era através da utilização de acetatos. Como este blogue perdurará pelos séculos dos séculos (mesmo não sabendo nós quantos séculos serão esses “séculos dos séculos”, pois uns dizem que o mundo está para acabar breve devido ao aquecimento global e outros falam antes de arrefecimento global), convém explicar às gerações vindouras como funcionavam os acetatos: eram umas folhas transparentes com algo escrito ou desenhado que era posto em cima de um foco de luz e que era, através de um espelho, orientado para onde quiséssemos, de maneira a que o que estava no acetato era projectado para uma parede para todos vermos aquilo e em ponto grande. Decidiu então o nosso amigo levar uns acetatozinhos para uma aula que ia apresentar e não é que uma mosca matreira decidiu, sem autorização do nosso amigo, poisar-lhe num acetato, ficado a sua sombra projectada na parede? O nosso amigo, furioso com tal ousadia por parte do insecto, em vez de se virar para o local onde a mosca estava (em cima do acetato) para a espantar, vira-se para o local onde a sua sombra era projectada (a parede) e, agitando os braços para a espantar, exclamou, provocando o riso de todos os seus colegas: “Xô mosca! Xô mosca! Mosca má!”.
De outra vez, este nosso amigo foi encarregue de escolher um artigo de jornal para uma cadeira de Sociedade Portuguesa Contemporânea e apresentar esse artigo na aula. Ora o nosso amigo pegou num artigo qualquer sobre as crianças de Moçambique e foi apresentá-lo; a professora quando o começou a ouvir, interrompeu-o:
- Ó R. mas esse artigo não é sobre a sociedade portuguesa…
Ele, vendo que tinha metido o pé na argola, começou:
- Sabe, professora, eu li este artigo e o artigo era tão lindo…
- Mas ó R. pode ser lindo, mas não é sobre o assunto que estamos a estudar, que é a sociedade portuguesa contemporânea!
- Pois é, professora, mas o título era tão belo, que eu achei que se me tinha conquistado a mim, também ia conquistar a professora…
Mais uma risada na aula e não sei o desfecho desta história.
Numa outra aula, discorria o Boaventura sobre um assunto qualquer que não nos diz respeito, quando fala que se atribuía a certas raças, certas características e que, por exemplo, aos pretos era atribuído um sexo maior do que o das outras raças. O R., que estava ao lado de uma moça branca que o encantava, vira-se para ela e diz-lhe:
- Estás a ver, M., ainda mais um negro assim alto que nem eu!...
Outro dos grandes gebos da FEUC era um companheiro proveniente dos arredores de Coimbra e que era grande apoiante do Partido Socialista. Esse indivíduo tinha uma voz um bocado grossa e assemelhava-se àquelas vozes distorcidas na televisão, quando quem está a falar para as câmaras não quer que o reconheçam. Falava então com a sua voz grossa e lenta e gostava de falar principalmente para com aquela população com quem tinha menos hipóteses: a população feminina!
Era normal vê-lo no bar da faculdade a chegar a mesas onde havia raparigas que não conhecia de lado nenhum e dizer com a sua voz de monstro das cavernas, lenta e arrastada:
- Olá! Eu sou o H.! Posso-me sentar?
As raparigas, por delicadeza ou por atrapalhação (ou até por medo, pois ninguém sabia se ele era perigoso ou não, pois nunca ninguém falou com o médico dele), diziam-lhe que sim e ele lá se sentava, ficando ali calado a olhar para elas até que elas lá se decidiam ir embora.
Noutra ocasião, consta que entrou na biblioteca da FEUC, que estava cheia, pois seria época de exames, chegou-se ao pé de uma moça que não conhecia e ficou especado em pé, ao lado dela, a olhar para ela e para o que ela estava a fazer; como ela olhasse para ele, para ver o que é que ele queria, ele disse:
- Hummm… Olá! Estás a estudar matemática 2?
- Estou… - respondeu ela, sem saber se ele era maluquinho ou outra coisa pior.
Silêncio…
-Hummm… Eu sou o H..

12 comentários:

Mota disse...

Eu acrescento uma outra:

No bar da FEUC, uma mesa com algumas raparigas da zona em que esse H. vivia, uma das quais a sua paixao platonica.Uma cadeira livre:

- Ola, esta cadeira esta ocupada?
- Nao... responde a sua musa, pensando que ele queria levar a cadeira para outra mesa

E ele senta-se, ficando a contemplar o que se passava ao seu redor, mudo e quedo...

Rui Conzane disse...

"R." ?

Estamos a falar do entretanto Sr Deputado da Assembleia da República de Moçambique, eleito pela Frelimo pelo Círculo Eleitoral da Europa ?... Esse "R." ?

O mesmo "R." que se mestrou na FEUC com a tese "A polissemia de Cabora Bassa: trinta anos depois", orientado pelo líder espiritual da esquerda macaca da Faculdade de Economia da UC ?...

Esse "R." ?

Batinas disse...

Rui Conzane:
Quiçá... Não confirmo nem desminto...

Pixudo disse...

Esse individuo com nome de futebolista de gabarito internacional, é o o MAIOR tarado e atrasado que a FEUC já viu. Ele e o seu aprendiz socialista M.G (outro que julgava que a militância política lhe resolvia todos os problemas na vida).
Dois valentes Gebos/anormais que a FEUC calorosamente acolheu.

Anónimo disse...

este gajo do blog diverte-se a tentar encontrar podres em tudo e todos, mas depois é tão cobarde que nem consegue dizer os bons nomes contra quem atenta, sabe? existe um direito à personalidade e ao bom nome, o que faz neste blog é muito feio, tal como o simbolo da tertulia que mais nao indica que as suas ideias são profundamente fascistas, discriminatórias a nível racial e sexual! Devia envergonhar-se de tais ideias e tentar mudar essa apanágio que parece estar.lhe enraizado muito fundo," um senhor bronzeado" "os pretos", um dia talvez terei todo o gosto em apresentar os seus textos a algum Procurador, já que "dá sempre jeito conhecer pessoas influentes", para que possa ser investigado pelas barbaridades que diz, e talvez venha a lixar-se, que é o termo ideal, com todos os seus comentários racistas e anti-humanos, o pior de tudo é que dentro da sua cabeça(Batinas) deve-se achar um grande humanistas, quando na verdade nunca o poderá ser, a menos que comece hoje a rever as suas ideologias parvas para se desfazer delas sem carinho

Batinas disse...

Então mas sou cobarde por não publicar o nome dos visados, mas depois diz que as pessoas têm direito ao bom nome... Em que ficamos? Hum, parece-me haver aí uma certa confusão nessa cabeça...

Carolus Alvus disse...

Caro "Anónimo":
-Cobardes são os que escrevem e não assinam;
-O "direito à personalidade" garante-se exactamente não citando o nome dos visados, que, entretanto podem até ter mudado o suficiente para não quererem que se saiba da forma como eram;
-A TTIS é uma Tertúlia de praxistas, não tem qualquer "agenda secreta" de cariz ideológico ou racista;
-O Símbolo da TTIS nada tem que ver com a interpretação que fez;
-Para terminar, este blogue ter mais pessoas a escrever que o Batinas, e todos assinam e assuassumem pessoalmente o que escrevem. Venha de lá esse processo que quem não deve não teme.

Anónimo disse...

"B" é um atrasado mental retardado fascista que não sabe de todo quais são os valores humanísticos, Que acha disto Batinas? será que foram sobre si estas palavras de ofensa? Será que foram para o Bruno Aleixo ou para o Bastinhas toureiro? Pelos vistos o uso da inicial, bem ao estilo merdoso de quem tem algo a temer, é no fundo uma boa maneira de se poder dizer o que se quiser de quem quiser? Deixe-se de tretas meu bom e velho Batinas, que de tretas já está o maneta cheio.

Não tenho conta google nem outra qualquer, daí ter ido em anónimo!

João Martins.

Batinas disse...

Nota-se no último comentário o azedume de quem não viveu ou não soube viver a vida académica na sua plenitude, pelo que recorre ao insulto contra quem o soube fazer. Em todo o caso, apesar de ter sido chamado "fascista", sei conviver melhor com opiniões e ideias contrárias às minhas do que muitos que se dizem "democratas" e é apenas e só nessa perspectiva que este último comentário foi publicado. Informa-se o sr. joão martins que se quer expressar aqui a sua opinião, mesmo que contrária à nossa, ela será bem-vinda, mas compreenderá que não é agradável nem será admitido qualquer insulto a qualquer elemento da Tesoural Tertúlia Irmandade das Sombras no nosso próprio blogue. Termino agradecendo-lhe o tempo que despendeu deliciando-se, num domingo de manhã, a ler o nosso blogue e informando-o que também gostamos muito de si.

Batinas disse...

O último comentário do joão martins não foi aceite por dois motivos:
1 - Tem comentários ofensivos;
2 - Desvia-se completamente do assunto, querendo associar a mim qualquer tipo de racismo por contar histórias de gebos e um desses gebos ser preto, como se o facto de se ser de outra raça que não a minha me impeça de contar histórias dos meus tempos de estudante. Fique ciente que não embarco na idiotia de não se poder criticar um preto como critico um branco ou de me borrar quando me acusam de chamar "preto" a um preto ou "branco" a um branco, quando as palavras "preto" ou "branco" não têm qualquer carga pejorativa.

Anónimo disse...

Ahahhaha comentários ofensivos? Oh Batinas és um gajo com muita piada pa! Pelos vistos também gostas de censurar o que não te agrada, diria que isso talvez seja próprio de fascistas, a censura sempre foi um dos fortes deles afinal de contas! Daí tanto jeito para ludibrirar o que está a vista de qualquer pessoa com dois dedos, e não não deixei qualquer comentário ofensivo. E devo também dizer que gosto muito das suas suposições de acordo com um "ultimo comentário", e já agora deixo-o descansado porque falhou redondamente, meu caro, se é racista admita, se é anti democrata admita, há que assumir o que o somos, olhe que pode ser libertador ás vezes,e tente por favor entender que é impossível sustentar qualquer teoria contra este ou aquele comentário uma vez que os apaga, dessa forma nunca ninguém saberá o que lá estava escrito, e até pode insinuar que lá estariam as maiores barbaridades, mas se o apaga bem ao seu estilo como é que poderemos saber realmente se ofendi ou não? Meu bom e velho Batinas olhe que é feio mentir, não enverde também por ai.

Salazares há muitos mas nenhum presta, convença-se disso.

João Martins

Nalgae Piraes disse...

Democrata já temos !
Mas democrata daqueles que apenas aceita que em democracia se possam professar os seus valores. Valores contrários aos seus estão automaticamente excluídos da sua democracia abrangente.
E mesmo os valores que sejam admissíveis na sua democracia - como a igualdade em razão da raça - têm que ser rigorosamente expressos da moda que a sua democracia prevê.
Portanto, se eu não for racista, mas chamar os meus amigos de ascendência africana de "pretos", ( ou os meus amigos obesos de "gordos", os os surdos de "moucos", ou os calvos de "carecas" ), por mais que eles não se importem (ou até achem castiço) já sou um perigoso racista preconceituoso, e não tenho lugar na sua democracia.
Só lhe faltou dizer que aceita eleições livres desde que o resultado das mesmas não seja anti-democrático.

Se a democracia de que é "dono" o João Martins fosse a verdadeira democracia, bem podíamos passar sem ela. E até ver... passamos, felizmente !

Um abraço a todos, e folgo em ver o blog com actividade.