24 janeiro 2011

Quim

Infelizmente não tenho o engenho do meu amigo Quim no que diz respeito à escrita. Mas não podia deixar de colocar aqui uma mensagem que considero justa.
Trato-te aqui por Quim, porque embora tenhas conseguido que quase todos nós fossemos tratados pela alcunha, a tua nunca pegou 100%, vá-se lá saber porquê!
Mas não foi para falar sobre se te chamavam Batinas se Quim que aqui estou a escrever, apenas toquei no assunto porque o considero curioso, e para me dirigir a ti tenho de o fazer como sempre o fiz.
Ora aqui vai, o que me está a roubar um pouco da hora de almoço para aqui assentar é o seguinte: na MINHA OPINIÃO a ti se ficaram a dever todos os bons momentos que vivemos, a ti se ficou a dever tudo o que construimos, se não tens aparecido em Coimbra as nossas vidas nunca teriam levado este rumo. Mesmo quando tu não estavas presente numa aventura, ela só acontecia daquela maneira, porque tu nos inspiraste aquela forma de viver. Ainda hoje, anos depois de sairmos, há pessoas que hoje vivem aventuras inspiradas em ti sem o saberem.
O meu muito obrigado,
O teu afilhado,
Marralheiro

3 comentários:

mackies disse...

Grande post, e uma justa homenagem!!!

Ricardo Pina

Batinas disse...

Marralheiro:
Sabendo que não és pessoa de escrever muito, mas que, mesmo assim, te deste ao trabalho de escrever estas palavras sobre mim, não posso deixar de te agradecer a gentileza que não considero verdadeira.
Muito obrigado pela tua amizade!

Já agora, não podia deixar também de agradecer as palavras do Ricardo Pina, pessoa que creio não ter o prazer de conhecer.

Georgius Brandalius disse...

Tentar decidir o qual dos dois teve mais peso (praxístico, entenda-se, que sobre o outro estamos conversados!!!) é um exercício ovo-galinha. Na minha opinião um potenciou o outro e assim sucessivamente e não esqueçamos a envolvência criada pela TTIS. Não iria por aí.

Queria aproveitar para contribuir um pouco para a explicação da questão levantada pelo Marralheiro sobre a alcunha. Começando por recordar que um autor disse "alcunha que se tinha em Coimbra, pegava-se como cuspe até ao fim da vida", refira-se que a primeira explicação para ele não ter uma de jeito, é o facto do totó do padrinho dele não lhe ter dado uma dessas que se cola como cuspe. E isto, por sua vez, sucedeu porque o grande "baptizador" e "achador" de graças académicas só apareceu em 1991 e era, o próprio Quim. Quem não se lembra do Quim chegar ao bar da FEUC e dizer:
"Eh pessoal, ontem com a bebedeira arranjei este nome extraordinário. Ora vejam lá: MARRALHEIRO". E era ali um fartote de riso a imaginar o desgraçado a quem ía calhar a alcunha. Muitas vezes até arranjava mais do que um e cedia à malta que não tinha tanta imaginação.

Para além de arranjar excelentes e sonantes alcunhas ele acabou por provocar uma certa disputa entre todos, que tentavamos arranjar nomes do nível dos dele para os nossos caloiros e também por fomentar a sua utilização.

Neste campo, no entanto, justiça seja feita ao Vítor Matos, que ainda antes do Quim se dedicar a esse metier atribuiu uma das graças académicas mais potentes que me lembro ("Vacariço" alcunha que foi atribuída a um outro ilustre membro da TTIS) mas que mesmo assim não pegou, quiçá porque nós (os do ano de 1990) não davamos à questão da alcunha a importância - nem o uso - que se passou a usar depois de 1991.

Voltando ao que estava a dizer, uma personagem como o Quim à solta em Coimbra sem graça académica tornou-se num achado, pois começaram a dar-lhe vários nomes consoante as diversas engraçadas situações em que ele se ia envolvendo: para uns era o Mohamed, para outros o Saca-rolhas, para outros era o Batinas, para outros era o Quim Batinas, para outros era simplesmente o Jó (creio que derivado do segundo nome dele, Jorge, nome pelo qual a Tia Cidalina o tratava e que a malta lá acabou por adoptar até porque vários de nós - eu incluído - vivíamos lá em casa). Ora no meio de tantos nomes era difícil que um se sobrepusesse embora me pareça que Batinas foi o que teve melhor efeito.

Para terminar deixo o desafio ao Batinas para escrever um artigo a falar sobre a orgiem destas alcunhas que lhe foram dando e também para desfiar as inúmeras que atribuiu das quais deixo exemplos: Chimbrafaralho, Ramanel, Chamalho (esta última que teve a amabilidade de me ceder para o meu caloiro do ano em que fui quartanista) e tantas, tantas outras.

Abraços a todos os tertulianos.